segunda-feira, 7 de abril de 2014

Crime de feminicídio pode passar a ser reconhecido no Brasil


Pessoas morrem todos os dias. Algumas de causas naturais, outras de acidentes. Há aquelas que morrem depois de assaltos mal sucedidos motivados pelo abismo social que existe entre as classes. E há pessoas que morrem de maneira cruel, com tortura, rostos e genitais desfigurados, estupros e humilhações. Há diferença entre as mortes. E esse último tipo é o crime de ódio. Ele é cometido, normalmente, contra minorias: mulheres, gays, transexuais, travestis e negros.
A violência tem diversas faces e todas elas são tristes. Descobrir e tipificar cada uma dessas diferenças faz parte de políticas para melhorar a vida social. Apesar de tudo o que a lei Maria da Penha protege as mulheres já ser crime desde sempre, por exemplo, sua promulgação ajudou a diminuir a violência contra a mulher. E é por isso que o Plenário do Senado vai votar - através do PLS 292/2013 - a modificação do Código Penal para prever a forma qualificada de homicídio chamada feminicídio.
Esse crime é praticado contra a mulher, apenas por ela ser mulher. A motivação é o gênero. Não é um tiro depois de uma tentativa de assalto, é mutilação vaginal e desconfiguração do rosto depois da tentativa de um assalto. A diferença é gritante e assustadora. Não é apenas a morte, é a tortura.
Todos os crimes contra mulheres – e que valem para qualquer pessoa, como estupro - continuarão existindo, mas essa será uma tipificação especial. Essa inclusão é, além de tudo, uma recomendação da Organização das Nações Unidos (ONU).
Violência doméstica e familiar; de violência sexual; de mutilação ou desfiguração da vítima; e de emprego de tortura ou qualquer meio cruel ou degradante são algumas das caras do feminicídio. E ele não pode ser colocado em uma mesma caixinha com a homofobia, a transfobia, o racismo ou a intolerância religiosa. Para termos uma sociedade mais justa para todos é necessário olhar cada uma dessas tipificações separadamente e com a mesma atenção, só assim é possível oferecer para cada grupo de cidadãos os mesmos direitos e segurança.
A proposta já foi aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e a pena deve ser a reclusão de 12 a 30 anos.
Retirado de: Yahoo Mulher
Postado por: Jéssica Carolina

3 comentários:

  1. é um absurdo uma mulher ser maltratada e espancada apena por ser mulher, a pessoa que faz isso deve sofrer tudo o que fez a mulher passar. Muitas vezes esses covardes saem impune dessa violência, o que da mais raiva ainda. devem todos ficar em prisão perpetua.
    Letícia Godinho

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  2. Tomara que este crime seja mesmo reconhecido no Brasil. É assustador e terrível ler ou ouvir que uma mulher, um gay, um transexual,um travesti, ou um negro foi morto por torturas sexuais, por maldades, mal tratos e ainda sofreram deformações no rosto e no corpo. Pessoas que cometem crimes como esses deveriam passar o resto da vida na cadeia. Isso não é coisa que se faz, não existe justificativa para crimes como esses. Se esses crimes forem realmente reconhecidos,quem sabe teremos um país com menos violência.
    - Jéssica Santos

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  3. Não vai adiantar é se eles aprovarem e não cumprirem devidamente.Bom será se fazer e aplicar, porque senão vai ser só mais um código penal mudado e não cumprido direito.
    Bruna Silva

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